coube a mim dar a vida por encerrada
tanto mais cruel pelo tanto de lutas
por glórias aqui se lhe negando injustas
em tramas pelo estreito palco encenadas
fecham-se as cortinas, vai encarcerada
autora de finas rotinas, da arguta
compreensão da humanidade, e escuta
a indiferença da platéia ingrata
vai em silêncio mas nunca forçada
prenhe de idéias, voz amordaçada
ser canonizada por autoridades
e coube a mim este papel perverso
onde carrasco a eternizo em versos
a vida num sonho de posteridade
Nenhum comentário:
Postar um comentário