quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
desperdiçado
encontro ecos de ti
por aqui e por ali
outro rosto e outra voz
e no entanto ainda nós
mas quando busco por mim
me encontro em braços sem fim
quem sou? alguém que sobrou
a braçadas mil a mares
bravios, viu e abraçou
areias e novos ares
e grato por terra firme
pequena, e só, afirme
ser a vida uma alusão
a um terrível turbilhão
que a tudo draga e escoa
até mesmo as coisas boas
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
enquanto houver esperança
enquanto houver esperança
haverá vida e luz
na esfera que balança
entre sombras e reluz
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
no aterro das memórias
no aterro das memórias
ecos de ontem
nas raízes do amanhã
escravismo onírico
da pena que escreve
históricas glórias
onde menos contem
bravuras vãs
no fio de bravatas
de eus-líricos
em febril verve
e pura basófia
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
bem mal
quando estamos mal devemos parecer bem?
como saber-se mal se parece-se bem?
será um bem fingir que nada há de mal?
será que o bem querer por si só vence o mal?
quindim - a forma poética que mexe com teu estômago
quindim - a forma poética que mexe com teu estômago
quindim - o que é?
quindim, além de ser um doce saborosamente brasileiro, é uma novíssima e revolucionária forma poética para pessoas antenadas e de bom gosto, criado por Nilma Pessoa em 2012. Ao criar novos quindins, favor lembrar de sempre mencionar a criação dessa dadivosa forma a Nilma Pessoa. Não, não quero nem preciso de agradecimentos ou comentários ou tapinhas nas costas, apenas meu nome estampado em todos os cantos.
enfim, ao quindim em si:
é um formato concentrado de doçura, exatamente como nosso infartante doce. eis um exemplo para dar uma boa idéia:
tomei
chá
delicim
adocicado
não há nenhuma métrica, é totalmente livre, embora seja interessante pôr cada palavra em uma linha para máximo aproveitamento de espaço e possivelmente da barra de rolagem do navegador, o que ao leitor traz mais prazer e a revigorante sensação de ter lido um épico
o importante é concentrar bastante sacarose para ter máximo impacto, como neste outro:
com
flores
coloridas
nas
mãos
esmaltadas
a
cheirosa
florista
fechou
rechonchudo
negócio
e
saiu
radiante
pra
tomar
um
geladim
e gostosim
milk
shake
adjetivos: quanto mais, melhor. neologismos brasileiros fazendo referência a quindins também são bem-vindos, como geladim
enfim, espero que apreciem o novo e radical formato poético inventado por Nilma Pessoa e me deem todo o crédito, e quem sabe participação em possíveis lucros. A união faz à força! Mobilizai-vos em pirâmides humanas, que estarei sempre no topo prestes a ajudar no que for.
mãos à obra, e que venham mais quindins, que há "farta" de doces para tantos corações amargos e rancorosos
e, lembrando uma última vez, não esqueçam de mencionar "quindim, a forma poética que mexe com teu estômago, por Nilma Pessoa"
abs
quindim, além de ser um doce saborosamente brasileiro, é uma novíssima e revolucionária forma poética para pessoas antenadas e de bom gosto, criado por Nilma Pessoa em 2012. Ao criar novos quindins, favor lembrar de sempre mencionar a criação dessa dadivosa forma a Nilma Pessoa. Não, não quero nem preciso de agradecimentos ou comentários ou tapinhas nas costas, apenas meu nome estampado em todos os cantos.
enfim, ao quindim em si:
é um formato concentrado de doçura, exatamente como nosso infartante doce. eis um exemplo para dar uma boa idéia:
tomei
chá
delicim
adocicado
não há nenhuma métrica, é totalmente livre, embora seja interessante pôr cada palavra em uma linha para máximo aproveitamento de espaço e possivelmente da barra de rolagem do navegador, o que ao leitor traz mais prazer e a revigorante sensação de ter lido um épico
o importante é concentrar bastante sacarose para ter máximo impacto, como neste outro:
com
flores
coloridas
nas
mãos
esmaltadas
a
cheirosa
florista
fechou
rechonchudo
negócio
e
saiu
radiante
pra
tomar
um
geladim
e gostosim
milk
shake
adjetivos: quanto mais, melhor. neologismos brasileiros fazendo referência a quindins também são bem-vindos, como geladim
enfim, espero que apreciem o novo e radical formato poético inventado por Nilma Pessoa e me deem todo o crédito, e quem sabe participação em possíveis lucros. A união faz à força! Mobilizai-vos em pirâmides humanas, que estarei sempre no topo prestes a ajudar no que for.
mãos à obra, e que venham mais quindins, que há "farta" de doces para tantos corações amargos e rancorosos
e, lembrando uma última vez, não esqueçam de mencionar "quindim, a forma poética que mexe com teu estômago, por Nilma Pessoa"
abs
DESGOSTO
DEGUSTO MAU GOSTO MAL PASSADO
DESGOSTO NO ROSTO POUSADO
INDIGESTO GASTO PESADO
DESGASTO SOLA SAPATO
PESCO PARCO PESCADO
GESTICULO PRO GATO
REGISTRO ESCABRO
PISO NO RABO
intempestivo
do topo de suas frondosas sapiências
farfalhavam árvores todas animadas
pela mudança que se operara no vento
que rondava febril e suspirava
rodopiava no chão almejando nuvens
brincalhão trazia de súbito notícias
a rostos incautos, o susto e o lamento
perdeu-se o balé da esvoaçante saia
no horizonte olhares esmiuçantes punem
os excessos e aspirações da pobre brisa
num suspiro o arrebol cai morto, agourento
sonhos desfeitos antes que a noite caia
portas fechadas
tá tudo fechado
todas as portas trancadas
não há saída, não há entrada
não corre vento
todas as direções são desastrosas
todas as vias nada vêem
todas as mãos corrimões
e onde pisam os pés
é solo sagrado
não há saída, não há entrada
há um espaço fumacento
onde com versos o eco em prosa
responde ao meu inquérito
como um psicanalista
e para quebrar o silêncio
acrescento um tom de voz
e não entra ou sai
apenas fica
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
um lugar comum
em um
lugar
comum
cabem
mil e um
comuns
em
casas
comuns
casam
moram
morrem
um a um
fazem
mais um
mais um
e um
topa
topo
de todo
mundo
e fundo
fundo
cai
quando
sem um
comum
fica
lugar
nenhum
sentimentos
sentimento amor pele pênis vagina
sentimento suor esperma virilha
sentimento pele coração camisinha
sentimento dor sofreguidão definha
sentimento amor vagina coração
sentimento vagina pele suor pênis
sentimento pele bunda seio cio
sentimento flor abelha picadura
sentimento suor esperma virilha
sentimento pele coração camisinha
sentimento dor sofreguidão definha
sentimento amor vagina coração
sentimento vagina pele suor pênis
sentimento pele bunda seio cio
sentimento flor abelha picadura
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
elos
vista turva
toga torta
arrota rota
traça curva
uva passa
chuva fraca
dá meia volta
solta e arreia
vaca e planta
semeia creia
pão na janta
ceia santa
canta chuva
dorminhoca
nuvem murcha
marcha lenta
leva embora
leve roda
roda e gira
mexe e tira
força e dobra
pão dobra
e sobra
farelo
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
o fim do ateu
após breve soneca pela eternidade
niemeyer acorda e sente frio e nada
chama e reclama mas mesmo eco se cala
arrisca então uma linha pela infinidade
concluída então mais essa obra
faz-se ponto final e se desdobra
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
trama
guardada em mim
mal incontida
fio secreto
da ilusão
amortecida
em renda fina
rende-se a vida
à minha mão
e só dejetos
sobram ao fim
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
jardim de saudades
jardim de saudades
no chão, folhas esquecidas
no banco, ninguém
banco de jardim
abandonado resiste
aos pés, folhas mortas
em meio ao jardim
folhas e troncos caídos
e banco vazio
folhas e troncos caídos
e banco vazio
cabana e banana
cabana e banana
da viagem descansado
Bashô na casca cai
minha homenagem ao grande mestre japonês. quem sabe não foi um episódio assim que o fez cunhar o apelido? ^^; bashô = bananeira. tinha uma ao lado da sua cabana. não ficou 5-7-5 perfeito, escorreguei na última sílaba também (de propósito)... rs
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
me acompanha desde o útero
me acompanha desde o útero
minha amada solidão
mas bem sei que sendo adúltero
não terei mais sua mão
sombra
de dia, encolhida aos meus pés, minha sombra
me acompanha calada, aonde quer que eu vá
não importa a dureza da trilha de lá
cá está ela, a quais aventuras sejam, pronta
e se reclamo que sua mudez me afronta
e da irritação que sua imitação me dá
sua face muda volta e me oferece já
da mesma irritação com que de mim zomba
por fim, o entardecer chega e aos prantos tomba
e vendo-me livre de sua presença
ponho-me a pensar sobre os fatos do dia
e sem a luz do sol são pura agonia
a aspereza das pedras a mente esquenta
e o que está por baixo ganha vida e assombra
domingo, 2 de dezembro de 2012
não há sono, não há paz
na selva noturna
não há sono, não há paz
medo à espreita jaz
no bosque à noite
não há sono, não há paz
há medo e há foice
no mar sob o luar
não há sono, não há paz
sombras abissais
sábado, 1 de dezembro de 2012
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