quinta-feira, 25 de outubro de 2012

o chamado do amor

o chamado do amor
por toda parte ecoa febril
do longínquo horizonte onde se deitam céu e mar
ao burburinho ciumento de trocentas fozes
em nuvens se reinventando em mimos mil
ao doce navegar de olhos rasos de ternura
no eterno bailar do sol cortejando a lua
e de seus raros encontros às escuras
no saudoso suspiro das árvores
lembrando-se de eólias carícias
na passarinhada tecendo no ar trinados
e florindo cores pelo gramado
e eu a tudo insensível e alheio
incólume e distraído por eles passeio
ao som de vozes de Musas delirando de volúpia
cochichadas em fones de ouvido em meio à balbúrdia

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